"Gente preta de olhos escuros", uma visão sobre o racismo
Nosso querido presidente Lula, possui 2 características marcantes, uma é a ausência de seu dedo mindinho, causada por um acidente de trabalho, e a outra é sua capacidade de falar besteira. Para mim é fato que o Brasil nunca esteve tão bem e ele é uma parte importante dessa conquista, então dado nossa história recente, aguentar um presidente fanfarrão até que está de bom tamanho. Mas nem por isso vou deixar de aproveitar essa fala para viajar um pouco no tema racismo.

(Erm... você é, digamos, meio responsável pela crise...)
Nessa nota o querido barbudo molusco causou contrangimento ao afirmar que a crise atual foi causada por "gente branca de olhos azuis". Sem comentários quanto à imbecilidade dessa afirmação, isso está claro. Prefiro seguir para outros lados, elucubrar um pouco e imaginar se ele tivesse afirmado que a crise seria culpa de "gente preta de olhos escuros". Imagino o tanto que isso renderia. Muito mais do que a afirmativa original, isso geraria revolta e declarações, podendo chegar a ponto de gerar uma desculpa pública ou quem sabe mais o que.
Isso pelo mesmo principio que torna racismo chamar um afro decentente de "Preto", e não o é chamar um europeu de "Branco". Por que isso se sou tão branco quanto o Mandela é preto? Note que não estou entrando no mérito de tom de voz, contexto nem nada mais, apenas pelo uso da palavra.
Isso acontece porque é crime fazer qualquer menção à cor negra (claro, isso por conta de eu ser "branco"), mesmo que seja apenas referente a cor e não uma associação de inteligência, competência e afins com tom de pele. Ou seja, se eu andar na rua e falar "O negro é escuro" (que possui tanta verdade quanto "O gordo é pesado", "O miope não vê de longe" ou "O doce não é salgado"), corro o risco, real por experiência própria, de presenciar uma cena patética de defesa dos direitos iguais entre as raças. Destaque para o uso infeliz do termo "raça".
Assim, de mais a mais, vale o cuidado com o conceito entre racismo, que é discriminar alguém pela sua etnia (bem melhor do que "raça"). Seja para deixar de dar um emprego, associar incompetência ou desonestidade ou ainda facilitar a entrada em faculdade (Sim, política de cotas, estou falando com você).