sexta-feira, dezembro 26, 2008

Tanto mente

Se você ainda acredita em papai noel recomendo que não leia esse post. Mas se já não acredita no bom velhinho, em contrato de aluguel e outras lendas urbanas pode seguir feliz que esse texto é para você.


Esse textículo (essa deve ser a última piada fraca do ano) é sobre mentira, essa mania que as pessoas tem de contar versões alternativas da realidade, seja pelo bem, seja pelo mal. Contudo se você, como eu, não é seguidor cego de Maquiavel sabe que a mentira é um problema, fere relacionamentos, abala confiança e pode destruir tudo o mais que já existiu se divirta com o texto abaixo, espero (de verdade) que se divirtam!



Mente mente mente...

Eu te amo.
Pode vir que eu estou olhando.
É só a cabecinha.

Tanto mente que nem sente...

É minha primeira vez.
Escrevi apenas para colocar para fora, não vou entregar.
Entendi perfeitamente a especificação.

Sem se importar com o que o outro lado sente...

Não se preocupe, eu tomo pílula.
Eu não quebrei a vidraça.
Eu vou conversar com ele, decidi.

Seja de dia, seja de noite, mente mente...

Essa piranha tá mentindo.
No ay garantia, la garantia soy yo.
Essa assinatura é da minha mãe mesmo.

Se acha acima das leis, acima da verdade, por isso mente mente...

Papai noel existe.
Estou do seu lado.
É só suco.

Crente, no infinito tamanho das curtas pernas mentirosas...

Cheguei às 11 da noite.
Te liguei a tarde inteira.
Você é a pessoa mais importante da minha vida.

Ofende quem ouve, de tanto que mente...

Isso não vai acontecer de novo.
Estou bem, me dá a chave.
Vai lassear.

E ainda faz, falsa, cara de inocente...

A obra será entregue em dia.
Você faz parte da minha vida.
Isso nunca me aconteceu antes.

Se alguém perto, ou longe, de maneira incontestável, a desmente...

Está ficando lindo.
Amanhã te ligo.
Você sabe tudo sobre mim.

com a mesma cara, se assusta ao me ver menos crente...

Eu ia te contar tudo.
Legítimo, 12 anos.
Como você emagreceu.

Agora minta para o espelho.


Obs: Não curto natal, desejo para todos uma feliz vida, como sempre.
Obs2: A imagem é do filme O Mentiroso, excelente filme do Jimy

terça-feira, dezembro 23, 2008

Ajude Santa Catarina.


Minha casa já está a disposição.

Obs: Humor negro a parte, quem quiser ajudar, financeiramente falando, a Defesa Civil de Santa Catarina abriu contas específicas para esse fim: uma no Banco do Brasil (conta 80.000-7, agência 3582-3) e outra no Banco do Estado de Santa Catarina (conta 80.000-0, agência 068-0). Se sua intenção é realizar outros tipos de doações procure o corpo de bombeiros mais próximo de sua cidade.

Obs2: Vi essa montagem em tantos lugares que não sei a origem mais. Se alguem tiver essa informação, eu agradeço e publico.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Explosão sob forma de escrita


Nossa vida, no geral. tende a um certo caminho, razoavelmente definido. Como um linha, talvez uma pequena curva sem grandes trepidações...

Para nossa felicidade eventos acrescentam um pouco de caos nesse sistema. Eventos, pessoas e por que não? Frases! Sim, esse pequeno (exceto no caso do Saramago) conjunto de palavras tem poder inquestionável de mudar vidas. Como pequenos petelecos na linha da vida. Não ouso dizer que essas palavras vão mudar suas vidas, mas certamente mudaram a minha. Atiçando curiosidades e compartilhando memória, publico agora algumas das frases e parágrafos mais importantes da minha vida. Frases com autores indefinidos, podendo ser eu, podendo ser amigos, parentes ou mesmo livros.

"O nosso jeito alegre faz com que as pessoas acreditem que podem nos enganar, passar por cima de nossas vontades, nunca deixe alguem te fazer de bobo, como já fizeram comigo."

"Não sabendo que era impossível foi lá e fez." (Tá eu já li auto ajuda também, confesso)

"Além de aprender isso tudo o que você me falou, você esqueceu de falar que aprendeu a apresentar."

"Estou saindo de casa, me mudo nesse fim de semana."

"Não depende de sorte, depende de você ser homem."

"Mas você faz questão que a gente vá na sua formatura?"

"Não o conheço muito, ele tem jeito com as mulheres."

"Você tem 1 semana para decidir."

"Você é meu amigo não é?"

"Você não fez mais que sua obrigação."

"Eu... recebi uma proposta... e resolvi aceitar."

Quem sabe lembro mais algumas frases? No final fica a lição de que tomem cuidado com o que dizem por aí.

terça-feira, dezembro 16, 2008

Férias...

Em 2006 optei por não tirar férias pois queria acumulá-la para realizar uma grande viagem, que seria realizada em 2007. E eis que o destino me apronta uma pequena reviravolta, que canto ao som de "100 latas de cerveja no armário"
2007
"3 meses para tirar férias!
3 meses para tirar férias!
3 meses para tirar férias!
Para um pouquinho, aproveita o feriadinho!
2 meses para tirar férias!
2 meses para tirar férias...
2 meses para tirar férias...
Faz entrevista, troca de emprego
12 meses para tirar férias!"

E o tempo passa... Para trazer uma nova canção em 2008
"2 meses para tirar férias!
2 meses para tirar férias!
2 meses para tirar férias!
Para um pouquinho, aproveita o feriadinho!
1 mês para tirar férias!
1 mês para tirar férias...
1 mês para tirar férias...
Faz entrevista, troca de emprego
12 meses para tirar férias!"

Quem sabe em 2163?

Trailer do filme X-Men Origins: Wolverine

P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU TRAILER DO FILME DO WOLVERINE TÁ MUITO DOIDO!!!! P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU
X-MEN ORIGINS: WOLVERINE HD

P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU P*TAQUEPARIU

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Eu te apago.

Ah, o lirismo...
Poetas metidos a besta, se metem a deuses com poder de dar imortalidade a sentimentos que por si só são efêmeros. Embalados por fúria, amor, uma calma bucólica, talvez uma alegria incontestável buscam aproveitar, eternizar, como um fotógrafo, momento únicos. Muitas vezes seus, muitas vezes de outrem, quem sabe de outro?

Como um Teste de Rorschach escrito, a poesia tem a interessante capacidade de revelar um pouco de cada um, seja de quem escreve, seja de quem lê.
Se deixe revelar...

*****

Eu te apago
Cada traço escrito, cada memória dolorida
Cada barraco erguido, cada sonho destruído
Eu te apag
Cada jeito forçado, cada dogma rompido
Cada abertura dada, cada abertura invadida
Eu te apa
Cada vela acesa, cada lágrima presa
Cada carta enviada, cada baile frustrado
Eu te ap
Cada explicação repetida, cada entendimento adiado
Cada soco trocado, cada poesia corrigida
Eu te a
Cada exigência inquestionável, cada pedido ignorável
Cada mentira contada, cada invasão flagrada
Eu te
Cada promessa forçada, cada promessa quebrada
Cada apoio oferecido, cada chute recebido
Eu t
Cada vidro quebrado, cada chamada desligada
Por que no final só teve uma pessoa em quem pude contar.
Eu...

quinta-feira, dezembro 11, 2008

A arte de manipular

Passeando pelos confins da internet (na verdade foi o Bernardo que me mandou o endereço) me deparei com essa pesquisa prévia das eleições presidenciais para 2010... Até aí tudo bem, vi a reportagem sem grandes pretensões. Filosofei um pouco pensando que realmente o Aécio só é muito conhecido aqui em MG enquanto que o Serra é conhecido (e respeitavelmente rejeitado, vale lembrar) pelo Brasil inteiro.

(Calma calma, esse post é político mais é limpinho)

Se não fosse pela continuação da conversa esse assunto teria morrido sem maiores polêmicas e nem teria sido transformado em post para o recinto. Mas eis que recebo o segundo link que informa o Serra como sendo favorito para presidente 2010, até aí tudo continuou normal. Segui lendo a pesquisa, vi tabelas com os dados em destaque para todas as pesquisas, que "coincidentemente" destacavam a suposta chance de Serra e a reduta chance de Aécio (seu principal concorrente no momento). Mas foi lá no final que me surpreendi com uma das pesquisas (a meu ver a mais importante) que é a pesquisa espontânea, ou seja, aquela em que não te enfiam uma lista de candidatos para você escolher, você fala o que está na sua mente. Notem que nessa pesquisa, a anteriormente absurda vantagem do Serra, cai para uma vantagem medíocre de apenas 2%, sendo o Serra com 6% e o Aécio com 4%. Engraçado que essa pesquisa sequer é mencionada na nota da folha, e mesmo na nota do datafolha fica praticamente escondida.

Como é meio público, Serra manda na Folha de São Paulo (assim como Aécio no jornal Estado de Minas). Mas fico chateado com tamanha manipulação de dados. Me leva a um certo estado de paranoia em não acreditar em nada do que vejo.

Aqui no blog do Mello tem um comentário sobre essa barbada do serra.

domingo, dezembro 07, 2008

Cat is dead...

Uma cena de violência.
Um abuso sem precedentes.
A humanidade testa os limites da moral nesse vídeo chocante de violência animal.
Sem mais palavras pois o que aqui pesa são as imagens.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Como chegaram aqui?

De tempos em tempos eu dou uma olhada em como que as pessoas chegam até o meu site...
Para ver afinal o que interessa mais a galera. Alguns resultados são particularmente interessantes, como por exemplo a quantidade de pessoas que vêem até aqui por conta de um post antigo sobre a Luana Piovani e um suposto topless, pelo menos ela estava mostrando o que presta nela!

A segunda leva de buscas interessantes é por Haroldo Lage, Haróculo, Harocular e afins... Não sei quem estaria procurando por essas palavras se não que já acessa o site. Mas já teve gente reclamando que o endereço é dificil de ser guardado (Aguardem novidades nesse setor!).

Seguindo essa caminhada fico feliz em fazer um pouco de trabalho útil. Pois um certo tempo atrás vi um tal de "Óculos para dislexia", como já li um pouco sobre o tema, tal óculos me pareceu inviável. E pesquisei um pouco e acabei por descobrir que realmente parece ser charlatanismo do bravo. Como não se bastasse recebi visitas ilustres de 2 supostas pessoas recomendando o óculos, dizendo maravilhas e recomendando o mesmo site que oferece o óculos. Me coloquei a disposição para esclarecer e retificar qualquer acusação que eu tenha feito quanto à veracidade do tal óculos milagroso. Esse post tem mais de 1 ano, ninguem veio conversar comigo até o momento, e tem mais, esse site que você agora lê é o primeiro resultado do google para óculos para dislexia, missão cumprida.

E lá vamos nós para a categoria filmes... Tem um bocado de gente vindo aqui em busca de fundo de tela do motoqueiro fantasma. Veio gente também atrás do Harrold Potter, impressionante o que uma montagem do photoshop pode faser! Frases do Rocky Balboa causaram um bom sucesso por aqui um tempo, mesmo que eu tenha colocado apenas uma.

Como diz esse vídeo: "Internet é para pornografia". Mesmo esse inocente blog recebe algumas visitas de pessoas buscando um pouco da velha lesca lescagem. Basicamente por causa do polêmico post (até então o mais polêmico desse humilde blog) que em seu final direcionava para uma página que mostrava (sonoramente falando) uma mulher gemendo o seu número ip.

E por último, mas não menos importante... O prêmio de "Página de amigo que mais trouxe visitantes para o Recinto" vai diretamente para O Inferno TEM Porão! uma pancada de palmas para a dupla insólita e um pancadão especial para a Sra Pimenta que aaaaama zouk como poucas pessoas!

Lembram do post da Nabi e Doki? Ele está chegando com a parte 4, que por ser a minha favorita merece um cuidado todo especial! No mais um grande abraço para vocês um ótimo fim de semana

segunda-feira, dezembro 01, 2008

SamBakZa - There She Is!! - terceira parte

Eis que apareço com a terceira parte de There She Is!!. Como de costume a animação é excelente, assim como a integração com a música. Para evitar xingos do pessoal (em especial Sra Pimenta!) não vou contar sobre a história sem avisar. Fica para depois da imagem, por tanto se sintam avisados!



Aqui começam os comentários sobre o vídeo!!!!
A história começa a ficar mais séria embora não menos divertida nesse terceiro episódio que narra o primeiro (ou melhor, os 2 primeiros) encontros do casal. Algumas questões ficam mais claras, como o amor incondicional e o orgulho sem preconceitos da coelhinha Doki, assim como a preocupação com o discrimição e a resistência quanto ao sentimento em si que o gato Nabi apresenta. Fica evidente que Nabi entra na luta contra o preconceito nesse terceiro filme, mesmo não parecendo ser muito bom em expressar sentimentos, fica claro que ele os tem.

Cheia de detalhes essa terceira parte é bastante agradavel contribuindo para o amadurecimento da série e fecha bonito com um gancho muito sutil, mas muito bem colocado, para o quarto filme (na minha opinião a melhor) que ainda essa semana eu taco no blog.

Inté logo!

quinta-feira, novembro 27, 2008

SamBakZa - There She Is!! - segunda parte

Hoje tem a segunda parte da animação, que é bastante simpática e alegre. Em certos momentos desesperadamente engraçada, por mostrar o esforço de Nabi para levar o bolo para a festa de aniversário de Doki.

Fica claro o carinho da coelhinha, e já vemos que o gatinho está caindo, de muito bom grado diga-se de passagem, em suas "garras". Mesmo que seja a contragosto de alguns coelhinhos amigos.


Destaque para a cena final, em que o bolo cai assim que Nabi consegue chegar na festa e mesmo assim a coelinha fica feliz pois o que importa é a companhia de seu gatinho e seu esforço em agradá-la, mais do que uma montanha de açucar.

quarta-feira, novembro 26, 2008

SamBakZa - There She Is!! - primeira parte

Não, ainda não fiquei doido. Até já peço desculpas se SamBakZa for uma palavra ofensiva no seu idioma original, saiba que a intenção não é ofender. Nem de longe, afinal a minha missão é distrair. E com essa intenção sigo divulgando essa animação que vi na internet. Contando a história do amor proibido entre um gato (Nabi) e uma coelhinha (Doki)


A história já é bonitinha e engraçadinha superficialmente, mas segue para uma cutucada social muito interessante a respeito de racismo, martirizaçao, tolerância e afins. A animação é de alta qualidade e o alinhamento da mesma com a música é impecável.

Existem ao todo 5 episódios, sendo 4 já publicados e o quinto sai em dezembro. Eis o primeiro episódio da série. Que mostra o casal se conhecendo! Nos próximos dias eu publico os demais capítulos (assim eu tenho mais gente para esperar o quinto!)

Fiquei sabendo dessa animação através do divertido blog "Eu podia tá matando", que também merece a sua visita.

segunda-feira, novembro 24, 2008

Motoqueiros Selvagens (finalmente!)


Depois de aproximadamente 214 anos tentando alugar Motoqueiros Selvagens, eis que finalmente encontro o bendido. Não, não foi na locadora, lá a fita realmente sumiu... Comprei naquelas barracas de DVD no supermercado enquanto inocentemente comprava sorvete.

Segui para a televisão encucado do por que esse DVD foi tão insistentemente recomendado a mim, e em choque por conta da recomentação anterior. Sigo, com toneladas de sorvete em mãos, assistir o filme.

O filme parte de uma premissa bastante inocente: 4 homens na (crise da) meia idade decidem desbravar os EUA em suas motos (maravilhosas, por sinal, puro sangue HD) para provar um pouco da liberdade que tanto curtiam em sua juventude. Desse principio simplório segue um filme comédia alto nível, envolvendo as situações (algumas perigosas, todas divertidas, vale mencionar) sem grandes revoluções, nem piadas nojentas o filme diverte como poucos. É bom finalmente ver uma comédia divertida (sim Espartalhões, estou falando com vocês!).

A unica decepção que tive do filme foi o pouco destaque para as motos, como amante do estilo das belezocas enaltecidas no mesmo, senti falta de algum comentário ou mesmo alguma cena que as enquadrasse melhor.

Recomendação forte para quem gosta de uma comédia leve, do bom e velho clima motoqueiro além de bela uma dose de Marisa Tomei (que eu lembrava do excelente O que elas Querem). Nota 8 em 10.

Obs: Recinto agora com 13 leitores do RSS, impressionante! Sejam bem vindos!

quinta-feira, novembro 20, 2008

Aaron Fotheringham

Um exemplo de força de vontade, superação e questionamento de leis da física. Além desse sujeito ter recebido com honras o título: "Sobrenome mais tchananam que eu li essa semana" o sr Fotheringtam (realmente é um sobrenome legal) ainda propagou a sua determinação.

Sem mais lenga lenga, dêem uma olhada no vídeo. Fica a lição de vida, além de uma ótima sugestão de atividade para sua avó de 88 anos, que há 30 está na cadeira de rodas.



sábado, novembro 15, 2008

Espartalhões (Meet The Spartans)



Uma passada na locadora local...
Tentativa frustrada de alugar Motoqueiros Selvagens, (segunda, diga-se de passagem). Eis que me deparo com o filme título desse post: Espartalhões (Meet The Spartans). Minha mente recorda uma cena clara de uma amiga me recomendando esse filme. O rosto me falta, mas a voz dizendo "leva, vc vai adorar" (Agora encaro isso agora como uma ofensa, como vocês verão) me soava clara nos ouvidos, e levei.

Logo no começo o filme mostra para que veio. Humor orgânico amplamente baseado em dejetos do corpo humano visando rir. Se é o tipo de humor que você curte, (Todo Mundo em Pânico é um bom exemplo) pula de ponta, esse filme é prato cheio para tu. Porém, se você, assim como esse que voz escreve, é chegado em um humor diferente a lá tempos aureos do Casseta e Planeta, Leslie Nielsen, Monty Python e afins, corra o mais rápido que puder!

Se não fosse o bastante esse filme repete muitas piadas (ruins) como a paródia da cena This is Sparta!, ela é explorada excessivamente. Esse tipo de extrapolação rola no decorrer do filme sem piedade. E ainda assim (pelo menos isso para minha alegria) o filme é curto... Na caixa do dvd informa 86 minutos (o que já não é lá grandes coisas, convenhamos) mas não informa que aproximadamente 25 minutos ficam por conta de erros de filmagem e créditos...

Como nem tudo são espinhos, algumas piadas me divertiram. Como a hora em que os "300" saem de Sparta, a preparação do filho de Leônidas dentre algumas outras. Vale lembrar também que Carmem Electra é sempre um ponto positivo ao filme.

Definitivamente esse filme é uma recomendação negativa!

quinta-feira, novembro 13, 2008

Conversa de buteco (outra?)

Em algumas culturas, antigas na maioria, homens se juntavam para caçar...
Decidiam estratégias para cercar o melhor bisão do bando. As mais apuradas técnicas de manipulação de lanças eram exibidas, além de outros detalhes...
(In?)felizmente, nos tempos modernos, nossas carnes chegam embaladas a vácuo e no máximo matamos sapos, sufocando-os em nosso estômago, para pagar nossas contas. Mas o hábito de juntar grupos de homens para trocar informações felizmente ainda persiste.
E foi de um desses encontros descompromissados que surge um pequeno, mas denso diálogo que vc confere com exclusividade aí embaixo:

Ele: Me beija...
Ela: Não! Por que vc homem insistem em confundir amizade com namoro?
Ele: Por que vcs mulheres insitem em confundir beijo com namoro?

Obs: As opiniões escritas nesse blog não necessariamente refletem a opinião do autor, ou não.

domingo, novembro 02, 2008

Pois às vezes...

...esforço não é suficiente.



Seria o retorno do recinto?

quarta-feira, abril 30, 2008

Não...

...ainda não morri.
Mas estou com pouquíssimo tempo para lapidar os rascunhos de textos pendentes, de forma a atingir uma qualidade publicável (vale lembrar que esse conceito é pessoal, mutante e intransferível).
Estou na luta para cumprir algumas metas desse ano que são: tirar a carteira de moto e realizar uma apresentação de dança. Some, a esses afazeres anômalos, o aperto cronológico costumeiro que a dança e o serviço me apresentam com tanto carinho que não tenho como negar.
Com o "feriado" acredito que terei tempo para publicar um belo texto semana que vem.
E obrigado pelos puxões de orelha pelo email!

Abraços e até semana que vem!

Obs: Tem lugar mais inadequado do que meu blog de contos para reclamar que minha comunidade de Programação requer moderação? Talvez o muro de Berlim.

segunda-feira, abril 14, 2008

Medo

Ah medo... Tão intenso, tão contraditório e tão irracional por vezes...
Se até a luta contra o medo assusta, como proceder "contra" essa sensação? E mais, contra? Por que?

Abraços numa semana medrosa cheia de coragem!

*****

O medo move
O medo congela
O medo faz lutar pelo melhor pedaço do bife
O medo faz se contentar com o menor pedaço
O medo faz correr mais rápido
O medo trava as pernas
O medo empurra para fora da caverna
O medo prende na caverna
O medo acelera o coração
O medo congela a garganta
O medo empurra o conquistador
O medo encurrala o conquistado
O medo empurra o encurralado
O medo afasta o atacado

Qual dos medos deve sentir?
Quem não muda, o faz porque?
medo...

segunda-feira, abril 07, 2008

Desejo

Semana passada com sol, fim de semana com chuva, se isso continuar se repetindo vou passa a trabalhar de sexta a quarta! Se bem que a chuva tem lá suas vantagens.
E pensando nessas vantagens que escrevi o conto dessa semana, novinho, saindo do forno acompanhado por mousse de chocolate e espumante de questionável qualidade.
Tirem as crianças da sala, afinal o conto dessa semana é um pouco mais "adulto".

Um grande abraço e até semana que vem!

*****

Desejo o seu corpo como nunca colado ao meu
É seu olhar que convida ao pecado, a eras perdoado
O convite ao impuro é berrado em todo o seu contorno
Cada curva sua se torna minha curva onde o limite entre nós não é preciso
Me faço homem, enquanto tremo, sem que perceba, menino
Sem limites os exploramos, nos extrapolamos
Voamos para um mundo onde a dor não existe
Marca o corpo como que tentando acompanhar as marcas imateriais
Iguarias nobres satisfazem desejos incontidos
É dentro de você que encontro o meu lugar
Sua trilha sonora é minha canção favorita
Dois em um numa sinfonia sem nexo e sem se importar
O corpo pede mais, o serviço é exemplar
Mato a sede na taça que seu corpo forma com minha língua
O gozo não é fim, é começo
Me sirvo com as mãos em esplêndido banquete, onde os bons modos fazem maus garotos
Sentidos se misturam, corpos se misturam, se misturam
O cheiro de sua voz me faz querer ouvir seu sexo saborear meu nome em desejo
Seu gemido me toca os ouvidos, me arrepia o seu gosto no meu corpo
Choque percorre o corpo, grito a garganta, seu corpo minha mão
Os corpos caem, desfalecidos
Um sobre o outro sobre o um, se desmontam como mortos
Vivos como nunca
Lençois? Já nos bastamos espalhados
Desejar boa noite para que? Ela foi conquistada, com louvor
Lado da cama? Lado? Cama?
Despertar? Não antes do sol dormir
Pijama? Sua pele molhada me cobre e isso me basta
Sem saber minha perna, seu braço, nosso corpo como deixado permanece, não encontrando posição mais perfeita para passar o que sobrou da lua enquanto o sol não volta e sabe-se lá quando ele volta

terça-feira, abril 01, 2008

Reconhecer...

Feliz dia 1 de Abril!
Eu pensei muito em fazer uma brincadeira no blog, mas fica para o ano que vem, alguns textos mais urgentes exigem minha atenção nesse momento propício.
Se esse texto é recente? Como pode-se dar data de nascimento a um texto que é atemporal?
Até semana que vem meus caros leitores.
Obrigado pelo carinho e até semana que vem!

*****

Reconhecer além do que os olhos podem me dizer...
te reconhecer pela íris, e não querer mais ir para longe
me reconhecer nos seus olhos, e não encontrar lugar melhor para me ver
reconhecer que preciso de você, e não me assusto com isso
nos reconhecer como metades de um, e não mais dois inteiros
reconhecer-te na multidão, e não ter como não sorrir
re-conhecer-se como ser melhor, e não se agarrar ao passado distante
reconhecer ao público, e não temer no que isso implica
reconheçamos, estamos perdidos...
reconheçamos, somos felizes.

terça-feira, março 25, 2008

Saudades

Ahhh o vício, existem diversos vícios, absurdamente variados. Cigarro, sexo, maconha, dança, cocaina, afetivo, heroina e outras mais. Qual o limite do saudável? O que define se um vício é apenas buscar a diversão do alvo ou se é uma doença. Não faço idéia, mas o vício pelo cigarro (careta), um dos mais inúteis e crueis é agonia de milhões de pessoas só no Brasil. Pensando nisso tem esse texto abaixo, semi antigo por assim dizer. Já me reclamaram que falar que é sobre cigarro é cortar a graça (spoiler), mas como estamos falando de um assunto um pouco mais chato não me permito licenças poéticas de deixar subentendido qualquer informação.

No mais um grande abraço e até semana que vem!

Obs: 11 pessoas assinam o RSS do meu blog, que alegria!

*****

Sinto sua falta
Você me fez companhia em momentos dificeis
Me distraia quando eu acreditava que o mundo me traia
Você estava junto de meus amigos, na inocente brincadeira de buteco
Com o tempo, esse convício ocasional não mais me satisfazia
Te quis para mim
Um pouco mais de tempo e você era presença garantida em meu lar
Sua presença marcava meu canto, meu corpo, minhas roupas
Algumas horas com você longe de mim era garantia de sofrimento
Nos bastávamos, eu te era suficiente e você a mim
Era tão fácil
Passei a me acalmar somente com você
Mesmo sabendo que você me faria mal, continuei
Na inocência de acreditar que uma vez mais não seria problema
Me enganando ao não crer que cada passo tornava o caminho de volta mais penoso
Agora não importa mais
Vai doer, eu sei, mas vou tirar você de mim
Quero o eu velho de volta, sem amarras ou dependências, livre
Vou sentir falta, cada buteco, cada padaria, cada banca, cada café, cada momento sozinho me fará lembrar de você
Mas não os acendo mais, 20 companheiros de ocasião.

segunda-feira, março 17, 2008

Olhos de vidro...

"Um dia convencional, um ônibus comum, uma visão incomum...
Como é linda...
Aproveito meus óculos e vejo pelos cantos das lentes aquela manifestação absurda de beleza.
Se é brava, lerda ou ciumenta não importa, ela é linda.
Com meus olhos de vidro me sinto transparente.
Pelo canto do olho me encanto e canto em silêncio o quanto aquela beleza me atrai.
Engraçado como me deixo levar por aquele rosto, minha imaginação não consegue imaginar algo que seja mais perfeito, para mim.
Num relance do aleatório, encontro um lugar para sentar, de frente para ela.
Não sou mais transparente.
Mas não quero parar de admirá-la, meu refúgio se encontra no vidro da janela, meu novo olho de vidro.
Pelo fraco reflexo me deleito sem contenções. O que ela estaria olhando do outro lado? Não importa, assim posso admirá-la sem pudor.
Sob o escudo da transparência me deixo levar e o tempo segue.
Que boca linda, ligeiramente aberta, com um sutil sorriso desenhado... Estaria sorrindo para que?
Que pele bonita, viva, praticamente implorando que uma mão firme dê razão para tanta graça.
Que olhos divagadores, embora atentos e fixos... Aonde?
Que cabelos majestosos, livres, a moldura perfeita para meus sonhos.
Num reflexo de curiosidade me vejo olhando aonde seus olhos apontam.
Um frio na espinha explode com cacos jogados em meu rosto, que não consegue esconder a surpresa. Nossos olhos se encontram no mundo transparente e nos tornamos mutuamente visíveis.
Sem as discimulações dos experientes, volto meu rosto para frente com os olhos quase caindo em meu colo. Nossos olhos se encontram novamente. Igualmente espantada, ainda exacerbadamente linda.
Abaixo minha cabeça nervosamente, como que se minha mala precisasse de meu olhar para não explodir.
O tempo passa, percebo gotas de suor marcando minha camisa.
Respiro longamente...
Levanto a cabeça.
Ela não está mais lá...
Olho no espelho querendo encontrá-la novamente, doce ilusão...
Para onde ela estaria apontando agora seus olhos de vidro?"

segunda-feira, março 10, 2008

Frases de efeito

Nessa semana ao invés do conto teremos algumas frases que já sairam dos chat no msn ou no velho icq.
"Frases" por definição gramatical, "de efeito" por vaidade pessoal. Espero que curtam.

Um grande abraço e até semana que vem!

*****

"Sou alto para alcançar as estrelas com o pé no chão"

"Top apple requer as melhores girafas. Não se contente com os pequenos cavalos (o que não quer dizer que eles não sejam legais para dar uma voltinha)"

"Pois dentre a metade do limão e da laranja não precisei escolher"

"Meu futuro é um sapato social pedalando um velotrol"

"O que você tem de melhor, te causa o que você sente de pior"

"Omissão rima com proteção, mas não combina"

"Necessidade gera habilidade"

"A sinceridade que machuca causa melhoria nas pessoas. Os tolos se ofendem com a verdade, os espertos aprendem com ela."

"Don´t work, be hippie" (Não trabalhe, seja hippie)

"Meu ego é um monstro enorme e insaciável que quando faminto devora a minha alegria"

segunda-feira, março 03, 2008

Sonhos recursivos

Bom dia meus caros leitores!
Curtiram o fim de semana? Espero que sim, fiz planos para o sol, mas a chuva veio e me acolhi em cavernas selvagens onde enfrentei alguns ursos.
Mas tudo acabou bem, tirando algumas feridas e suas futuras cicatrizes a pele do urso morto me esquenta.
O texto dessa semana é médio antigo, coisa de 2 anos.
Sonhos são engraçados...

*****

Dormi cedo, afinal estava cansado de uma semana razoavelmente pesada no serviço. A gandaia fica para amanhã...
Enquanto ainda noite, me levanto, vejo tudo embaçado, olho ao meu redor e estranho. Não reconheço essas paredes como sendo as que estavam ao meu redor quando fui deitar, mas as reconheço de outros tempos.
Depois de andar um pouco, encontro rostos conhecidos...
sorrindo...
Engolindo a pergunta que queria fazer, ví que estávamos bem, que toda a briga, orgulho, discórdia, burrice, vaidade, medo tinham sido um sonho. Todas as lembranças ruins faziam parte de uma realidade alternativa, o galho não tinha sido arrancado da árvore.
Um frio na barriga aparece de repente, só indo embora quando lembro que o sonho tinha começado depois dela, sim o que tinha ocorrido de bom era verdade...
Curti aquela manhã como poucas outras, pão combina com manteiga e chocolate quente, não com indiretas, acusações, berros e fugas do que não se pode fugir.
Algumas horas de uma conversa descompromissada, conto minhas novidades que são ouvidas com atenção, (engraçado como é simples e dificil ao mesmo tempo) minha alegria é deles. Ouço as novidades deles, a alegria deles é a minha.
De repente tudo ao meu redor vira gás, se desmancha diante dos meus olhos.
Acordei...
Teria sido tudo um sonho agora? Fugindo do costume, continuo com os olhos fechados, como que se quisesse segurar a sensação de alegria de 1/2 hora atrás, como que aquela manhã pudesse ter sido um sonho, eu não gostaria de receber o tapa da realidade, não agora, queria sentir um pouco mais. Passa um tempo e não resisto, abro os olhos, um de cada vez. devagar...
E lá estão as mesmas paredes da noite passada, esperando que rostos orgulhosos e distantes venham as conhecer.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Eu vi

Nova semana, um novo texto, dos antigos também. Uma coisa particularmente fantástica de textos antigos é lembrar de como alguns sentimentos e sensações foram tão fortes e agora estão diluidos pelo tempo.

Esse tipo de nostalgia reforça a idéia de que não há dor que não vá embora, infelizmente também não existe alegria que seja eterna. Tá triste? Vai passar. Tá alegre, curta com intensidade.

Vai um mini-bônus nessa semana também, coisa novíssima, direcionada a uma pessoa (em) especial.

"Não vejo a hora de perder tempo com você."

*****

Eu vi a fome
daquele que come sua fatia de pão, olha em volta, não vê outra e percebe triste que a fome continua

Eu vi a solidão
de alguem que olhou ao redor no fim do dia e não viu alguem para conversar,
que viu na agenda números para quem não poderia ligar e chorou, sozinho

Eu vi a decepção
dos que esperavam mais, queriam mais, lutaram por mais, e mesmo fazendo melhor que todos os demais não conseguiram e se amargaram

Eu vi a dor
de quem a sente a cada instante, fisica, incessante e vê a morte como único anestésico eficaz

Eu vi a esperança
da sujeita que teve um começo novo, uma folha em branco para redesenhar sua história, sem cruzes nem remorsos que te prendessem ao chão

Eu vi a raiva
de quem a sentiu por burrice ou omissão, e por incompetência própria se deu uma cruz para carregar

Eu vi o amor
de alguem que por coragem ou medo derrubou suas barreiras, se jogou de braços abertos e encontrou outros braços gostosos igualmente abertos do outro lado

Eu vi a satisfação
da pessoa que dorme feliz num colo gostoso após toneladas de doces feitos com carinho

Eu vejo a alegria
De alguem que finalmente consegue colocar no papel sentimentos que não são só dele, mas que já foram sentidos como se fossem

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Pois que venham...

Depois de uma pequena sessão nostalgia do texto passado, trago agora um texto mais novo, fumegando e com a cobertura escorrendo pelas bordas. Portanto, sirvam-se e se lambuzem. Só cuidado para não se queimarem!

Em tempo! Vocês por acaso viram essa reportagem?

*****

"Venham, malditos fantasmas do passado!
Não temo seus calafrios e memórias pois estou armado com a mais afiada espada e protegido pelo mais rígido, mesmo calejado, escudo!
Dragões de outrora ultrapassados pelo longo tempo, as feridas que causaram ardem, mas não para sempre!
Cada chaga de meu corpo é a lembrança de uma dor que me empurra sem hesitação para vosso fim.
Ignóbeis que expuseram as entranhas, de quem me dá firmeza para enfrentá-los, temam a minha ira, pois ela há de os expurgar!
Imbecís que não souberam...
Espere... Não!
Meu escudo! Por que me recusa? Não fuja! Para onde vai? O que houve? Por que?
...
Sem meu escudo sou dilacerado...
Meu braço que brandia a espada, agora fosca, de maneira majestosa não vê motivo para erguê-la e incutir medo no coração dessas bestas.
Sem reagir vejo meu sangue jorrar com facilidade.
Por que?
A dor de minhas víceras espalhadas não me incomoda.
Não entendo.
Ouço o barulho de meus ossos moendo, de minha carne partindo, agora isso não importa.
Como?
Sem muita força, me arrasto para longe.
A terra dura, se esfregando em minha carne viva, me lembra outras guerras...
...que não me mataram...
...que afiaram minha espada...
...que endureceram meu couro...
Mais longe da batalha, com o canto de olho, vejo meu antigo escudo, acuado.
A visão, mesmo embaralha pela fraqueza, vê que enfrentava batalhas também.
Pede o meu braço.
Com medo.
O acolho.
Com medo.
Tê-lo no meu braço me dá força.
Seguro com força sem precedentes no escudo que parece responder se agarrando a mim.
Me levanto.
Da convicção do retorno do meu escudo, tiro a força para empunhar como nunca minha lamina, que reflete o sol no meu peito aquecido.
Vejo em que estado me encontro, ensanguentado.
Vejo meu escudo, demolido.
Vejo nossos alvos. Agora maiores, mais próximos, mais numerosos.
Pois que venham...
Pois que venham..."

terça-feira, fevereiro 12, 2008

As cores do som

Ah carnaval se foi e já dá para ver a mudança no ritmo da vida.
A nova semana veio e com ela um novo texto meio antigo. Digo novo pois nunca o publiquei, digo velho, pois inspirei em um texto antigo que escrevi anos atrás e digo meio pois foi reescrito, pois assim como muitos textos meus, o tempo e as mudanças de lar o levaram.

*****

"Tomava o seu lanche da manhã... Devagar, engolia em pequenos pedaços que desciam queimando.
Misturava o café com o leite e lembrava como eram como seus corpos nus se misturando numa gostosa dança sem pressa de acabar.
Sentia falta de sua lindinha ou "vagabunda" como sua mãe preferia chamar.
Não via com seus olhos, não sentia com sua pele, não amava com seu coração.
Como a mesma moeda parecia ter lados tão diferentes? E como o ódio podia ser acesso por faíscas tão idiotas...
Por medo, abriu mão de sua face, de seus seios.
Pinto frouxo em granja de galinha gorda, a deixou ir.
Pelo menos de onde seus braços pudessem alcançar.
Pois ela ainda estava ao alcance dos sonhos, até que outra vagabunda venha preenchê-los."

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Sem nome ainda, parte final!

Passado o carnaval o Brasil supostamente volta a funcionar.
Muita água salgada, muito sol, muito descanço e lugares que quero voltar e conhecer com mais calma futuramente.
Segue no embalo a última parte desse conto, a finalização do primeiro de muitos que virão.
Valeu pelo apoio, críticas e elogios, algumas das críticas eu não consegui aplicar ainda, mas estão anotadas com carinho.
Um grande abraço e até a próxima!

*****

"Um dia ao sair do 'A caixa', ligeiramente embriagado, não foi pegar o costumeiro ônibus. Resolveu seguir um caminho diferente, queria andar um pouco. Sua garganta doia, como que se as palavras que ficaram lá resolvessem se rebelar.
Os passos eram vagarosos, observava as pessoas, como conseguiam viver? Os risos pareciam falsos, os abraços falsos, os beijos falsos.
Seus pés o foram levando até uma rua larga. O sol não marcava presença havia tempos e a luz dos postes não o substituia devidamente. De longe não percebia, mas de perto via-se que era uma ponte.
Resolveu seguir para a beirada da ponte. Engraçado não lembrar desse lugar.
Atravessou a proteção da ponte para ver melhor, o vento era delicioso.
Olhou para baixo. Era uma respeitável altura, de longe parecia um lugar de paz, as várias pedras eram abraçadas pela insistente água. Tão diferentes e ainda assim juntas.
Soltou os braços, os mesmos levavam os venenos a sua boca, os constantes relatórios sem sentido, os abraços a tempos esquecidos, a carteira ao bolso, a moça para mais perto e a vida para mais longe.
E sorriu, enquanto as pedras pareciam cada vez maiores e o vento cada vez mais rapido.
E tudo ficou escuro.
Miraculosamente, seu telefone sobreviveu e tocou.
Era 'ela'..."

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Sem nome ainda, parte 6

E a trama segue, o maior sucesso da internet depois de Jeitosinha, mas Ordinária! Nessa penúltima parte, um momento mais vogal, mais um esclarecimento sobre o personagem sem nome (tanto quanto o conto).
Caminhando para o fim a trama segue, espero que estejam curtindo. Um grande abraço e até semana que vem.

*****

"Ela era linda. Não como capas de revista, mas uma beleza única e absoluta.
Deveria trabalhar na ONU, costumava pensar consigo. Seria ótima diplomata. Nenhum tratado de paz ou acordo de desarmamento deixaria de ser assinado com aquele sorriso por perto.
Suas mãos eram macias. Segurava suas mãos enquanto andavam, não para indicar posse, marcar território, mas porque simplesmente precisava daquele calor.
Seu corpo... Não tinha frio que continuasse, desespero que sobrevivesse e desejo que não fosse aplacado.
Tinha a palavra certa para os piores momentos e o sílêncio para as melhores horas. Conversavam horas sobre os assuntos mais incomuns. Ouvir sua voz era uma dádiva suprema.
Costumava observá-la dormindo. E eram nesses momentos que se declarava: 'Te amo', sem eufemismos, mascaramentos ou desvios.
Ela não teria reclamado da falta de manifestações de estima se pudesse ouvir enquanto dormia. Também não reclamaria da falta de atenção se pudesse ver quanto tempo ele gastava olhando sua foto.
Ela sentia falta de seu carinho, de sua atenção.
Se ele conseguisse se expressar, falar, ou mesmo escrever o que sente não teriam terminado...
Mas tinha acabado e não iria voltar."

(Continua...)

sábado, janeiro 19, 2008

Sem nome ainda, parte 5

Caros,

Quinta parte do texto, agora com mais tempo livre quem sabe eu escrevo mais? "Há males que vêem para bem" ou ainda "O que não tem solução solucionado está" ou ainda novamente "Para de reclamar e toca a vida".

A trama caminha para o fim, as coisas começam a tomar um rumo mais certo, no que dará esse hepta-conto?

*****

"Uma carteira de qualidade média, escura, um pouco desgastada pelo tempo com algumas linhas desfiadas. Seus plásticos estavam começando a se soltar. O dinheiro não era farto, o suficiente para o almoço do dia. Havia um talão de cheques, fino e desgastado pelo uso ocasional.
Poucos cartões o convidavam ao consumo.
Haviam também propagandas de eventos que ele não iria, cupons antigos que por descuido não foram para o lixo, alguns papéis bancários e seu documento de identidade. O documento era bem antigo e parecia já ter curtido mais do que devia a vida.
Haviam alguns papeis, pedaços de folhas de caderno, papéis de carta coloridos, guardanapos cuidadosamente dobrados. Os mais antigos eram mais coloridos e mais preenchidos com corações cuidadosamente desenhados e frases como 'Eu te amo', 'Nos seus olhos encontro a paz que procuro', 'No frio da noite, seus braços são tudo o que preciso para me manter aquecida', 'Te quero'.
Uma outra leva de papeis era mais séria, menos colorida e sem desenhos. As frases também eram diferentes: 'Doi amar sozinha' e 'A porta do coração só pode ser aberta por dentro. Me deixa entrar'.
Havia um retrado de uma moça de belo sorriso e olhar vivo em um cenário colorido abraçada a ele igualmente iluminado como nunca mais acreditou poder ser."

terça-feira, janeiro 15, 2008

Sem nome ainda, parte 4

Caros!

Segue abaixo um pouco mais da história que comecei a contar ano passado. Depois de conhecer "a caixa", "a pessoa" e "a labuta" agora é a hora de conhecer um pouco da família. É muito gostoso sentir que tem gente curtindo o texto que não tem como é um pedaço, um filho meu. Tá bom que a totalidade preferiu falar diretamente comigo ao invés de deixar comentários no blog, fico feliz de todo jeito.
Novamente deixo um abraço, vamos para o texto e como sempre, divirtam-se!

*****

"Enquanto ainda morava com eles, acordava cedo e saia calado. Encontrar alguem não era algo que lhe dava prazer.
As conversas entre familiares eram poucas e monótonas. Ocorriam de duas formas: ou a conta gotas em intervalos de programas medíocres ou em enchurrada sob forma de monólogo acusativo.
Não sabia o que era refeição em família, pois sempre que possível evitava encontrar os demais moradores.
Patriarcal, machista e intragável eram algumas palavras adequadas para descrever. Luxuosa era um termo interessante também, mas tão cheio de adornos era quanto vazia de respeito. Repleta de enfeites caros e decoração requintada, como se para disfarçar a pobreza de espírito.
O convívio era um tormento. 'cala a boca', 'Faça o que mando', 'o que você quer não interessa' possuiam uso tão constante que seria eficiente numerá-las e simplesmente referenciá-las.
Outras pessoas menos desgraçadas vêem o lar como lugar de descanso, um ponto de apoio no inferno da vida real. Lá não era assim, os melhores lençois não traziam sono revigorante, os talheres de prata não faziam a comida descer macia, o caríssimo sofá não servia de apoio.
Com isso decidiu sair. Abandonar quem nunca esteve junto...
Sem preparo, sem apoio, sem escolha.
E assim saiu. Despertou lágrimas irônicas. Colocou em sua mala roupas simples, pois moda também não era o seu forte, seus livros, pois desses sentiria falta, e sua carteira em cima do criado que não era mais seu. "

(Continua...)

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Sem nome ainda, parte 3

Como assim já rolando atraso? Semana corrida cheia de Cha cha e emoções!
No mais um grande abraço e espero que curtam a terceira parte em 7 desse primeiro conto!

*****

Era um trabalho burocrático: carimbos, assinaturas e fluxogramas gerenciais eram comuns no seu dia a dia. Não se sabia de onde vinha o serviço, além das mãos que os traziam, nem para onde iam, além das caixas onde eram depositados.
Se era para assassinato de um prestigioso humanitário ou a verba para a fundação de uma creche para crianças carentes não se sabia, era apenas um elo numa interminável corrente.
Chegava as 8:00, ia embora as 18:00, sem espectativas de crescimento, de reconhecimento. Era um número num arquivo imenso de funcionários, um ser num dos inúmeros cubículos do seu andar.
As paredes de seu andar eram cheias de frases motivacionais, estatísticas de produtividade que não lhe faziam muito sentido e uma folha com os aniversariantes do mês, embora nunca tenha ouvido cumprimentos de aniversário. Bastava saber que se estivessem abaixo de um outro número, um dos números da corrente seria trocado.
Não trocavam muitas palavras entre os números dos cubículos, só o mínimamente necessário para seguirem o serviço. "Resolve isso até 14:00" isso para os novatos, enquanto eles não entravam no esquema "Amanhã, 10:00".
No começo de cada mês recebia o seu suficiente contra-cheque. Suficiente para pagar as contas agora que não podia mais querer contar com o apoio de sua família.

(Continua...)