sábado, janeiro 19, 2008

Sem nome ainda, parte 5

Caros,

Quinta parte do texto, agora com mais tempo livre quem sabe eu escrevo mais? "Há males que vêem para bem" ou ainda "O que não tem solução solucionado está" ou ainda novamente "Para de reclamar e toca a vida".

A trama caminha para o fim, as coisas começam a tomar um rumo mais certo, no que dará esse hepta-conto?

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"Uma carteira de qualidade média, escura, um pouco desgastada pelo tempo com algumas linhas desfiadas. Seus plásticos estavam começando a se soltar. O dinheiro não era farto, o suficiente para o almoço do dia. Havia um talão de cheques, fino e desgastado pelo uso ocasional.
Poucos cartões o convidavam ao consumo.
Haviam também propagandas de eventos que ele não iria, cupons antigos que por descuido não foram para o lixo, alguns papéis bancários e seu documento de identidade. O documento era bem antigo e parecia já ter curtido mais do que devia a vida.
Haviam alguns papeis, pedaços de folhas de caderno, papéis de carta coloridos, guardanapos cuidadosamente dobrados. Os mais antigos eram mais coloridos e mais preenchidos com corações cuidadosamente desenhados e frases como 'Eu te amo', 'Nos seus olhos encontro a paz que procuro', 'No frio da noite, seus braços são tudo o que preciso para me manter aquecida', 'Te quero'.
Uma outra leva de papeis era mais séria, menos colorida e sem desenhos. As frases também eram diferentes: 'Doi amar sozinha' e 'A porta do coração só pode ser aberta por dentro. Me deixa entrar'.
Havia um retrado de uma moça de belo sorriso e olhar vivo em um cenário colorido abraçada a ele igualmente iluminado como nunca mais acreditou poder ser."

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